Ministro MIlton Ribeiro e presidente Jair Bolsonaro decidiram por uma “saída honrosa”. Chefe do MEC, que é pastor, está no centro de um escândalo envolvendo desvio de recursos da educação em troca de propina
São Paulo – Suspeito de participar de um esquema de corrupção no MEC, o ministro da Educação Milton Ribeiro informou ao presidente Jair Bolsonaro que está disposto a entregar o cargo. A informação é do jornal O Estado de S.Paulo. O jornal divulgou uma série de reportagens revelando que Ribeiro dividiu a chefia da pasta com dois pastores acusados de cobrar propina de prefeitos para, em troca, liberar recursos na pasta.
Esta foi uma saída encontrada entre ambos para tentar amenizar a crise. A saída já era aventada. O jornalista Guilherme Amado, colunista do portal Metrópoles, informou que um encontro no final de semana decidiu pelo afastamento de Ribeiro, que Bolsonaro defendia como inocente, durante as investigações.
Segundo reportagem de hoje (28) do Estado, em um evento organizado pelo MEC em julho passado, em Salinópolis, no Pará, com prefeitos e secretários municipais de educação paraenses, foram distribuídos exemplares de uma edição da Bíblia com fotografias do ministro da Educação Milton Ribeiro e dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. Os três estiveram presentes.
Segundo o jornal, a impressão destaca o “patrocínio” do prefeito, Carlos Alberto de Sena Filho, o Kaká Sena (PL), que também teve a imagem estampada. O custo de cada Bíblia foi de R$ 70, paga pela Igreja Ministério Cristo para Todos, vertente da Assembleia de Deus, que tem uma gráfica em Goiânia. O pastor Gilmar Santos, que comanda a igreja, teve a presença anunciada no encontro como uma “autoridade”, sentando à mesa do palco, ao lado de Milton Ribeiro e do presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Ponte. (RBA) Foto: Isac Nóbrega/PR | Palácio do Planalto