O grupo de pessoas que afirma que estupradores “não são doentes mentais”, mas sim criminosos e que devem, portanto, ser punidos pelos crimes que perpetram, é de 90%. Este dado adquire especial destaque na história de Mariana e Luiza, já que a família do agressor cogitou interná-lo em uma clínica psiquiátrica.
Na avaliação da diretora de conteúdo do Instituto Patrícia Galvão, Marisa Sanemats, o levantamento sugere melhora na opinião pública quanto ao que é o estupro. Contudo, ela enfatiza que há pontos do entendimento a serem melhorados.
“Os números, por um lado, mostram que o conhecimento avançou. Mas, por outro lado, mostram também ainda é preciso informar mais, conscientizar mais as pessoas sobre todas as situações que podem configurar um estupro, uma violência sexual”, diz.
Relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) apontam que, em 2021, foram registrados, no país, 56.098 estupros (incluindo vulneráveis) de meninas e mulheres. O total equivale a um número 3,7% superior ao atingido em 2020. Isso significa que uma menina ou mulher foi vítima de estupro a cada 10 minutos, considerando apenas os casos que chegaram ao conhecimento da polícia. Saiba como denunciar.
*Os nomes das entrevistadas foram mantidos sob sigilo e trocados, a fim de preservar sua identidade.