IPCA fechou o ano em 5,79%, depois de passar meses em dois dígitos. Política pré-eleitoral com combustíveis segurou o índice. INPC ficou em 5,93%. Cebola (mais de 100%), feijão, gás e passagens aéreas foram alguns dos destaques de alta em 2022, segundo o IBGE
São Paulo – Com variações ao longo de um ano e um período de baixa próximo às eleições, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2022 com alta de 5,79%, depois de passar vários meses em dois dígitos. Ficou abaixo de 2021 (10,06%), mas teve o segundo maior resultado dos quatro anos do governo anterior, que acumulou inflação próxima de 27%.
Planos de saúde, gás encanado, roupas e passagens aéreas também tiveram impacto no índice anual de inflação, divulgado na manhã desta terça-feira (10) pelo IBGE. Só não foi maior por causa da redução temporária dos combustíveis. Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) ficou em 5,93% no ano passado.
De acordo com o instituto, a principal influência para o IPCA, indicador oficial da inflação no país, veio do grupo Alimentação e Bebidas. A alta de 11,64% representou impacto de 2,41 pontos percentuais, ou pouco mais de 40% do resultado geral. E duas vezes maior que o índice geral. Em seguida, com alta de 11,43% e impacto de 1,42 ponto, ficou o grupo Saúde e Cuidados Pessoais.
Alimentos mais caros
No grupo dos alimentos, os produtos no domicílio subiram ainda mais, 13,23%. Destaque para a cebola, que com elevação de 130,14% teve a maior alta entre os 377 subitens que compõem o IPCA. Já o leite longa vida aumentou 26,18% e teve impacto de 0,17 ponto em 2022. Os preços do leite subiram de forma mais intensa entre março e julho – naquele mês, chegou a ter alta de 77,84% acumulada no ano. (RBA)
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